URBE - 25
Seu rosto se desfez ante meus olhos, seu corpo deformou-se. O sorriso plástico, indiferenciado encheu minha visão e eu não via mais seu rosto, apenas o sorriso. Um sorriso que se mostrava quando seus lábios paravam de se mover enquanto falava. Olhando por sobre seu ombro esquerdo vi os fios e desci acompanhando os cabos, a própria energia, deslizei meu olhar e a vi de cada lado de seu corpo, desde que fora pura até a putrefação total. Delirantes luzes confundiam minha mente, desviavam minha atenção fazendo-me crer que acontecia o que realmente não acontecia. Os olhos negavam-se a ver, pois não existia, era um delírio, miragem. Inapelável desespero de quem não encontrava, cegueira de quem não procurava. Procurei dominar a manipulação de minha vontade. Desviei meus anseios, pré-determinei objetivos que não os meus e não cheguei a lugar algum, andava em círculos. Não me responsabilizei por não ter construído, por tê-lo encontrado feito me eximi. Não reagi em qualquer situação.
Inicialmente os prédios pareciam desabar sobre minha cabeça, senti seu peso. Pensei ter visto um caminho comum, só enxerguei convergências a pontos individuais. A cada ponto uma realidade em desarmonia. O calor invadiu meu braço que começou a arder com intensidade. Após as palavras a reflexão do pensar. Gestos, atos, palavras, não-sentimentos, símbolos apenas.
Tratei-a como a um jogo admiti o acaso dependente da habilidade do jogador, azar. O grito de uma criança, seu sentir em uma tarde ensolarada. Enganei-me a cada instante, fazendo-me crer que todos pensavam e sentiam como eu. Defendi uma flor, pois não queria que outro, além de eu mesmo, a tivesse para si.
Inicialmente os prédios pareciam desabar sobre minha cabeça, senti seu peso. Pensei ter visto um caminho comum, só enxerguei convergências a pontos individuais. A cada ponto uma realidade em desarmonia. O calor invadiu meu braço que começou a arder com intensidade. Após as palavras a reflexão do pensar. Gestos, atos, palavras, não-sentimentos, símbolos apenas.
Tratei-a como a um jogo admiti o acaso dependente da habilidade do jogador, azar. O grito de uma criança, seu sentir em uma tarde ensolarada. Enganei-me a cada instante, fazendo-me crer que todos pensavam e sentiam como eu. Defendi uma flor, pois não queria que outro, além de eu mesmo, a tivesse para si.


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