quarta-feira, janeiro 30, 2008

MONOLITOS

Das entranhas da terra surgiram os monólitos improváveis. Misturando desejos e sonhos. Contrariando as vontades e impondo caminhos. Argamassa e metais fundidos em estruturas prontas a nos devorar. Triturando corações e mentes em cubículos sombrios. Canalizando fluxos intermináveis de multidões apavoradas. Eles nos cercam limitando os horizontes entorpecendo a visão. A vertigem que nos provocam garantem nossa embriaguez. Sem consciência não antevemos a queda. Apenas vamos em frente, dos cubículos para o fluxo para outros cubículos. Cegos correndo em disparada por um campo desconhecido, esperando atingir o abismo libertador.